A Fábrica

Olho para baixo e vejo a velha escada de madeira, podre. Enquanto desço, meu coração começa a bater mais forte. Já fiz isso milhares de vezes, mas mesmo assim sempre fico nervoso. O lugar é silencioso, e sinto que deveria ser assim, sem ninguém mexendo nele.

Coloco a mão no bolso para pegar minha câmera e tiro uma foto. Click! Olho para a tela digital e vejo algo na janela.


 "Calma Matt, são só seus olhos te enganando. Não tem nada na janela. "Falo para mim mesmo, apesar de não ter certeza.

Caminho até a entrada e abro a porta. Antes de entrar na fábrica, paro por um segundo e respiro fundo. Dou meu primeiro passo e tiro uma rápida foto, enquanto admiro o lugar. Crash! Levanto minha cabeça e olho ao redor, tentando ver se tem mais alguém no prédio.

"Calma Matt" Falo para mim mesmo. "É só um animal ou algo assim, nada para se assustar."

Continuei andando e explorando a fábrica, tentando decidir a sala que eu iria entrar. Escolho uma das últimas portas da direita, mas quando tento abrir a porta, ela está trancada, então tento a próxima, que abre facilmente. Me estico para dentro e tiro outra foto, e depois de alguns segundos, entro na sala. SLAM!

Me viro rapidamente para a origem do barulho e olho para a porta que eu tinha acabado de abrir, que agora estava fechada. Corro até ela e tento abri-la, mas parece emperrada. Paro por um segundo e volto a olhar para o interior da sala, tentando achar uma saída, mas é quando vejo algo.

Seu rosto é como um pedaço de papel, e seus dedos são finos e ossudos. Ele é alto como uma árvore, e usa um chapéu de caubói .

"Matthew Mashman." Ele fala, com uma voz assustadora "Você interrompeu o sagrado silêncio dos mortos. Por isso, você irá pagar."

O morto aponta para mim e se aproxima até que um de seus dedos começa a furar meu pescoço. Ele começa a empurrar seu dedo no meu pescoço e eu deixo escapar um grito de dor, enquanto sinto um líquido quente em minha camisa. Olho para baixo, mas só consigo ver a escuridão e seu rosto.

Enquanto me encara, com um dedo furando meu pescoço, ele segura meu rosto com a outra mão e fala.

"Por ter interferido com o silêncio sagrado, você irá se tornar um dos mortos que o mantém." Tento fugir, mas não consigo. A dor aumenta e eu finalmente ouço meus ossos quebrando.

Lentamente minha visão escurece, e a última coisa que vejo são os olhos vazios daquele monstro me encarando e repetindo as mesmas palavras. "Meu nome é Ashum e eu sou o guardião do silêncio sagrado."

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