A história da primeira foto lunar

O ano era 1966, e a corrida espacial aquecia as pesquisas e os investimentos dos dois países rivais dessa época: EUA e União Soviética. Os soviéticos já haviam dado os primeiros passos de seu projeto quando enviaram o primeiro satélite (Sputnik I, em 1957) e o primeiro homem (Yuri Gagarin, à bordo da nave Vostok, em 1961) ao espaço, e não planejavam parar por aí.

Foi em janeiro desse ano que houve o lançamento da nave Luna 9, a décima segunda tentativa de um pouso suave em nosso satélite natural por parte da União Soviética,  que já em fevereiro, conseguiu aterrissar sem nenhuma falha, rendendo mais uma conquista espacial para seu país de origem.

Até aí, essa é apenas uma história de uma sonda russa e um pouso suave na Lua, mas a verdadeira parte curiosa vem agora:

Alguns minutos depois do pouso, a Luna 9 tirou as primeiras fotos na Lua e começou a enviar seus dados de volta para a Terra, que editados, forneceram uma visão panorâmica do solo ao seu redor, incluindo as rochas e o horizonte.

Esse tipo de informação seria algo que provavelmente estaria criptografada para garantir que apenas os soviéticos pudessem ter acesso, mas por algum motivo, o formato de sinal utilizado para transmitir as fotos era o mesmo usado internacionalmente pelos jornais da época.

Não demorou muito para os cientistas do observatório Jordrell Brank, na Inglaterra, que estavam monitorando as atividades da espaçonave russa, notassem que podiam decodificar os sinais, e com a ajuda de um receptor cedido pelo Daily Express, as imagens lunares foram obtidas e publicadas pelo mundo antes mesmo que as autoridades soviéticas pudessem liberá-las oficialmente.

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